ABEL RESSUSCITA O QUADRADO DE FORMA ESTÁTICA E FLUMINENSE PERDE A QUINTA CONSECUTIVA

28/07/2013 19:44

 

Pressionado e precisando vencer. Desta forma entrou o Fluminense em campo para enfrentar o Grêmio na Arena, ressaltando que o tricolor gaúcho também havia perdido na partida anterior para o Criciúma. Enquanto Renato Gaúcho goza de uma empolgação inicial que permeia todo início de trabalho, Abel Braga vive em águas turbulentas e a corda cada vez mais aperta seu pescoço. Prometendo mudanças, Abelão resolveu ressuscitar o saudoso 4-2-2-2 para enfrentar o esperado losango de Renato Gaúcho:

 

Grêmio no 4-3-1-2 e Fluminense num ortodoxo 4-2-2-2. O time gaúcho sofreu um pouco com o congestionamento que Abel fez no meio, ainda mais porque Zé Roberto ficou preso no auxílio a Alex Telles, pressionado pelo posicionamento agudo de Wellington Silva. Como declarado pelo próprio Abel, o lateral que foi substituído no intervalo por nova contusão no tornozelo, foi escalado para ser o “desafogo” na transição ofensiva junto com Sóbis e Jean. Sozinho e encaixotado entre os dois volantes, Elano procurou o lado direito e pouco produziu.

 

 

A primeira etapa foi morna, recheada de faltas e com pouca produção ofensiva, problema encontrado nas duas equipes. No Fluminense, como bem percebido por Eduardo Papke Rocha no Twitter, sem a bola era nítido o quadrado. Com a pelota, desorganização. Jean subia como um típico segundo volante e tentava forçar pelo lado direito. Deco centralizava e Wagner buscava o flanco, visto que Carlinhos estava mais preso para liberar Wellington Silva na beirada oposta.

Edinho ficou preso para cuidar de Elano e também para fazer a cobertura dos laterais, uma das funções do primeiro volante no 4-2-2-2. Isso ajudou enlatar o meia gremista, que procurou o lado direito, continuando sozinho e improdutivo. Elano sentiu falta de Zé Roberto, preso para auxiliar na marcação de Wellington Silva, quase um ponteiro pela direita. Com o setor de meio campo congestionado e pouca profundidade, Fluminense e Grêmio fizeram um jogo truncado e equilibrado no primeiro tempo.

 

No segundo tempo, o Grêmio fez 1 x 0 logo aos 5’ em jogada pela direita e acabou recuando após o tento. Mesmo perdendo, Abel insistiu no quadrado improdutivo até os 27’, quando tirou Edinho e colocou Rhayner pela direita. Com Diguinho, que havia entrado no lugar do contundido Wellington Silva, o que empurrou Jean para a lateral direita, o Flu ficou postado num híbrido 4-3-3/4-1-4-1. Abel ainda colocou o jovem e promissor Roberth Kennedy no lugar de Wagner, alocando o garoto pela direita e centralizando Rhayner, desenhando praticamente um 4-2-3-1. No Grêmio, a alteração tática só foi acontecer aos 42’, quando o zagueiro Gabriel entrou no lugar de Zé Roberto. Como Kleber havia ampliado aos 39’, Renato resolveu fechar o tricolor num 5-3-2 para a disputa dos minutos finais.

 

 

Na segunda etapa, o gol do Grêmio, logo aos 5’, delineou o restante da partida. O volante Riveros abriu o placar na Arena após Barcos prender a bola na ponta-esquerda de ataque e esperar a passada de Alex Telles, que cruzou na medida para o paraguaio, completamente livre, empurrar de cabeça. Após o gol, o time gaúcho compactou bem as três linhas do time (defesa, meio e ataque) e dificultou ainda mais o lento e previsível tricolor do Rio, sonolento e apático nos pés de Deco e Wagner.

O Grêmio também não jogou bem, mas fez o suficiente para vencer. O Fluminense deu a impressão de não ter entrado em campo, sendo a quinta derrota consecutiva um castigo justo. Ressuscitar o 4-2-2-2 de forma pálida e desorganizada, algo novo para o grupo tricolor e com preceitos táticos superados, não foi a melhor opção para o momento. Apostando em meias lentos e abdicando da velocidade, Abelão remou contra um dos dogmas do futebol moderno e afundou ainda mais o Fluminense na tabela.

 

Acima, um 4-4-2 em linhas mais adequado para o elenco e para o difícil duelo fora de casa. O Flu poderia ter jogado mais fechado atrás, como fez na Libertadores diante do Grêmio na Arena, com duas linhas de marcação e dois atacantes para forçar a presença de área. Com boas dobradinhas pelos flancos e Deco posicionado para receber a primeira bola na transição ofensiva, o Flu teria campo para explorar o contragolpe.

 

 

A fase não é boa, mas é inequívoco que os erros de Abel vão se acumulando juntamente com as derrotas. Esse 4-2-2-2 demonstrou o desespero e a falta de saídas do comandante do Fluminense. O time do brasileiro se desmontou e Abelão tem demonstrado dificuldade nessa repaginação necessária. A continuidade e o respeito ao planejamento possuem seus limites, ficando cada vez mais evidente que chegou a hora de renovar e trocar o comando. Abraço!

 

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira

 

Tópico: ABEL RESSUSCITA O QUADRADO DE FORMA ESTÁTICA E FLUMINENSE PERDE A QUINTA CONSECUTIVA

Gre x Flu

Maurício | 29/07/2013

Fala Vitão, blz cara, tive alguns tempos sem chegar pelo painel, mas quero voltar a ver as postagens suas nota10!

Bom primeiro o jogo do nossos dois times neh, o terceiro do ano, e o segundo que o meu time ganha do seu..rs

Rapaz, achei esse 4-2-2-2 do Abelão meio que lento, como vc citou no texto, não notei muita movimentação dos jogadores dentro de campo, parecia que era pra cada jogador guardar posição, o unico que buscava mais o jogo e se movimentava bastante era o Deco. Mas é nitida a falta que W. Nem e T. Neves fazem ao Flu!

E já pelo lado do Grêmio, eu acho que falta o cara camisa 10, que tem no elenco que é o Uruguaio Maxi Rodriguez, não vejo o Eleno nem o Zé Roberto como camisa 10, ele são mais jogadores que chegam por tráz, tipo no losango do Renato jogar um volante mais Zé e Elano e um camisa 10 que seria o Maxi, mas hj em dia Elano e Zé fazendo essa função ajudando na marcação é arriscado de mais, mas o Zé jogando na ponta esquerda do losango fica muito preso ajudando na marcação junto com Telles, e fica muito sobrecarregado a criação de jogo com Elano, as vezes pouco chega a bola no ataque, já que os laterais pouco apoiam fica sem jogadas de linha de fundo, quando o Telles apoia muda bastante, como foi o primeiro gol, Pará não apoia com tanta frequencia por não ter essa qualidade de chegar ao ataque, por isso acho que o melhor esquema do Grêmio seria o 4-2-3-1, com Souza e Riveros de volantes, Vargas na direita, Elano no meio, Zé na esquerda, com Barcos ou Kléber na frente, que tu acha? Assim o Zé ganharia mais liberdade pra encostar com Elano na frente, e ajudaria o Telles do mesmo jeito que no losango, concorda?

Abraço, desculpe o texto grande que acabei escrevendo, me empolguei.. rs

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