Numa das variações intencionais do jogo, era possível ver Lucas marcando Martinez, Arouca armando jogo quase como winger direito, T. Neves centralizado e Fábio Santos ocupando o espaço inicial do Arouca. Isso se deve ao encaixe da marcação individual e acontecia quando Martinez jogava no lado esquerdo do ataque argentino. Sem ter quem marcar, Fábio Santos subia para ajudar Ralf na marcação de Montillo e para vigiar Peruzzi.
No geral, pra ser sincero, um jogo muito fraco.
Pontos aproveitáveis para o Brasil:
confiança de Neymar, Fred e T. Neves nas penalidades;
Cavalieri passa a ser opção na lista principal;
e mais um vez Paulinho como um bom Distribuidor.
Pontos aproveitáveis para a Argentina:
Ignacio Scocco, bom finalizador e com um chute forte, é mais uma opção na lista principal.
No geral, me lembrou muito os jogos dos anos 90. Isso se você diminuir muito o nível técnico, que era um ponto forte daquela década e é um ponto fraco dessa década. Teve até um erro absurdo da nossa zagueirada no final do jogo. Horrível.
ARGENTINA 2 x 1 BRASIL: VITÓRIA NAS PENALIDADES E JOGO FRACO TECNICAMENTE
A seleção brasileira conquistou o bicampeonato do Super Clássico das Américas. Após derrota por 2 a 1 no tempo normal, na Bombonera, em Buenos Aires, o Brasil venceu por 4 a 3 nos pênaltis. No plano tático, não tivemos novidades. Sabella escalou a Argentina, como esperado, no 3-4-1-2. Mano Menezes também, como anunciado, postou a Seleção no 4-4-2. Abaixo um breve pitaco tático sobre o duelo, muito fraco no aspecto técnico:
Esquema base das duas seleções: Argentina no 3-4-1-2 com Montillo de enganche e o Brasil no 4-3-1-2 com Neymar e Fred na frente. Time de Sabella obedeceu mais as posições determinadas. Já o Brasil se movimentou mais, principalmente pelo meio, com Arouca, Paulinho e Thiago Neves alternando bastante. Entretanto, essa formação não foi a única usada pelo Brasil. O 4-3-1-2, desse forma, foi escalado até os 25 minutos da primeira etapa e no início do segundo tempo.
Variação tática no time do Brasil: Como a Argentina jogava com três zagueiros, e o Brasil tinha liberdade no meio de campo, Mano resolveu abrir Neves pela direita e montar uma espécie de 4-3-3 que esboçava uma marcação em linhas. O objetivo era tirar Desábato da área, deixando Fred sozinho com Sebá. O Brasil até que jogou bem dessa forma, sobretudo no primeiro tempo e com a movimentação constante de Paulinho e Arouca.
A Argentina teve um pênalti erroneamente marcado no final da segunda etapa. Após converter e sair na frente, acabou levando o gol de empate, feito por Fred, praticamente em seguida, com o Brasil já totalmente desconfigurado após as substituições. Com o jogo quase encerrado, o time de Sabella fez bela jogada e conseguiu marcar o segundo gol, levando a partida para os pênaltis. Foi quando brilhou a estrela de Cavalieri e dos batedores, que conseguiram trazer mais esse “título” para a história do nosso futebol.
Marcada pelo baixo nível técnico, e pela atuação apagada de Neymar, o jogo contra a Argentina, em minha opinião, foi importante para demonstrar para Mano Menezes que Arouca e Cavalieri podem ser titulares da Seleção principal e que Fred mereceu a convocação. Sabella escalou bem a sua equipe e conseguiu equilibrar o jogo, afinal seu time era visivelmente inferior. Para Mano restou o sabor de vencer com derrota em campo e êxito nas penalidades. Um dos piores jogos entre Brasil e Argentina que tive a oportunidade de assistir. Abraço!
Victor Lamha de Oliveira
Tópico: ARGENTINA 2 x 1 BRASIL: VITÓRIA NAS PENALIDADES E JOGO FRACO TECNICAMENTE
Lembrando uma variação interessante
FABIO | 22/11/2012
Re:Lembrando uma variação interessante
Victor Lamha de Oliveira | 25/11/2012
Grande Fabio! Quero te agradecer por estar sempre participando e acrescendo informações pertinentes aos textos! Mais uma vez você lembrou um posicionamento muito interessante, que foi Arouca aberto pela direita. Eu tinha até um print que mostrava isso, uma espécie de 4-2-3-1 com Ralf e Paulnho de volantes e Arouca aberto pelo flanco direito. Parabéns pela percepção! O jogo foi muito fraco no aspecto técnico, sendo que Mano poderia, com o time que tinha, ter montando uma equipe mais consistente ofensivamente. Agora é aguardar o novo técnico da Seleção. Tem preferência? Abraço!