ARSENAL 1 x 3 BAYERN: WENGER SE ENFORCA TATICAMENTE

19/02/2013 19:24

 

Intenso e em bloco. Compacto e dominante. Assim foi o Bayern de Munique nos momentos em que predominou e decidiu a partida. Com toque de bola e inversões precisas, o time alemão soube aproveitar os pontos frágeis do time inglês e os equívocos de Wenger. No plano tático, as duas equipes vieram postadas no 4-2-3-1, porém com execuções totalmente diferentes. Abaixo o painel tático do duelo, onde podemos enxergar as duas equipes jogando no supracitado esquema:

 

Arsenal e Bayern no 4-2-3-1: time alemão com sua costumeira execução prática e equânime do esquema. Arsenal sem profundidade e presença de área. Em trinta minutos de domínio, os Bávaros atropelaram e conseguiram fazer dois gols.

 

O Bayern massacrou o Arsenal nos dois terços iniciais da partida. A partir dos 30’ o jogo equilibrou, mas o time alemão, além dos gols de Kroos e Müller, ainda teve um lance de muito perigo com Mandzukic aos 45’, numa cabeçada que quase raspou o poste londrino. Já o Arsenal não conseguiu levar perigo em nenhum momento da primeira etapa. Méritos do time alemão e culpa da escalação equivocada de Wenger.

Walcott de centroavante? Não entendi. Quando o jogador iniciou caindo pela ponta direita no início, vislumbrei a possibilidade de Wenger ter pensado em utilizá-lo como uma espécie de falso 9, aumentando a profundidade da equipe. Mas não foi essa a intenção, porque Walcott ficou perdido enfiado entre os zagueiros, não produzindo nada ofensivamente. O Arsenal perdeu a jogada veloz pela direita e não tinha presença de área.

O jogo começou equilibrado, porém, logo aos 6’, após gol de Kroos, o time alemão suprimiu totalmente a equipe da casa, sendo que o massacre, como citado acima, durou até os 30 minutos. De forma inteligente, o Bayern forçou o jogo pela direita em cima do improvisado Vermaelen, sendo que pelo setor construiu o lance dos seus três gols. Destaque para a movimentação compacta do meio alemão, que atacava e defendia em bloco. No Bayern todo mundo marca, até o centroavante.

O Munique cruzou 14 bolas no primeiro tempo, 13 pelo lado direito, tentando iniciar a segunda etapa jogando pelo mesmo setor.  Só que o Arsenal mudou um pouco a forma de jogar. Wenger abriu mais o time e melhorou a marcação no flanco esquerdo de sua defesa, o que não propiciou aquele domínio alemão, como na primeira etapa. E, após falha da defesa alemã, o time inglês diminui o placar com Podolski. O jogador, aliás, entrou mais na área para suprir a necessidade de uma presença ofensiva, com Wilchere procurando mais os flancos.

Aos 26’, Wenger enxergou o óbvio e mudou o time londrino.  Entraram Rosicky e Giroud e saíram Podolski e Ramsey, tentando o treinador dos Gunners corrigir as falhas táticas da equipe. O time cresceu e na primeira bola Walcott, onde sabe jogar, deixou Giroud na cara do gol, obrigando Neuer fazer uma bela defesa. Mas, quando dominava a partida e chegava próximo do empate, o Arsenal foi castigado por uma bela jogada coletiva do time alemão. Aos 31’, Mandzukic matou no peito e ajeitou para Robben, que abriu para Lahm, que colocou para o próprio Mandzukic marcar.

 

Wenger decide mudar aos 26 minutos da etapa final. Com as entradas de Rosicky e Giroud, um time mais equilibrado, adequado e ofensivo. Com o avanço de Wilchere, por vezes o 4-2-3-1 se desenhava como um 4-1-4-1. Time londrino até melhorou, mas aos 31’ levou o terceiro gol. Foi o castigo para o equívoco e o atraso de Wenger.

 

Após o terceiro gol do Bayern, o time inglês pouco produziu. Com a bola nos pés, o time alemão foi sempre dominante, tanto nos primeiros trinta minutos da etapa inicial quanto nos 15 minutos finais do segundo tempo. O Arsenal teve 54% da posse de bola e foi pouco incisivo, ao contrário do Bayern que foi letal com seus 46% de posse. Não entendi a escalação inicial de Wenger e muito menos a demora nas substituições. Mesmo com a primorosa atuação coletiva do Bayern, principalmente de seu meio de campo, culpo Wenger pelo resultado tão adverso jogando em casa. E não foi um nó tático de Heynckes: Wenger se enforcou taticamente. Abraço!

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira

 

Tópico: ARSENAL 1 x 3 BAYERN: WENGER SE ENFORCA TATICAMENTE

Gool Bayern

Bruno Ferigato | 20/02/2013

Como torcedor do Bayern não achei que o time fez um bom jogo hoje. Ribery (para mim o principal armador do time) não fez nada ofensivamente.
Além disso o time com Ribery e Robbien (voltando a boa forma é claro) torna-se um time bem mais forte.
Trocaria o Alaba pelo Rafinha também. O garoto é bom, mas defensivamente dá muita "bobeada", isso contra um time de expressão pode ser fatal na champions.

Re:Gool Bayern

Victor Lamha de Oliveira | 23/02/2013

Grande Bruninho! O Ribéry decepcionou mesmo, melhorando um pouco antes de sair na segunda etapa. A volta do Robben pela direita é fundamental, mas quem tirar desse time que está encaixado: Kross ou Muller? Questão complicada para o treinador. Eu deixaria Robben como opção neste momento, mesmo estando 100% fisicamente. Abraço!

Wenger! Dorgas?

Raniery Medeiros | 19/02/2013

Excelente análise, Vitão!

Não entendo o que o 'maluco' do Wenger quer da vida. Não vence nada desde 2005, sabe q seu time é inferior e "assassina" as boas e pequenas chances que tinha.

Colocar o Walcott de centrovante e perder em profundidade? Cazorla arma mais do q aprofunda. O Podolski é outro que entra em diagonal. Ficou fácil marcar pelo meio e liberar o Lahm para atacar.

No segundo tempo, já com o Giroud, a equipe esboçou alguma coisa. Wilshere foi recuado e deu melhor saída de bola. No entanto, Vermaelen na esquerda e Sagna na direita abriram avenidas.

Assim n dá, Sr. Wenger.

Abs.

Re:Wenger! Dorgas?

Victor Lamha de Oliveira | 23/02/2013

Grande Raniery! Amigo, Wenger só pode ter usado algo mesmo...rs...é a única explicação! Como você bem colocou, ele "assassinou" as boas e pequenas chances que tinha. Sem profundidade e com dois afuniladores pelas pontas, ficou previsível a marcação e liberou o meio alemão para o jogo. Assim, realmente não dá Sr. Wenger. Agora, a missão pe quase impossível no jogo de volta! Abraço!

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