FLAMENGO 3 x 0 ATLÉTICO MG: GOLEADA E TIME COMPACTO DESENHARAM A VITÓRIA RUBRO NEGRA

04/08/2013 19:23

Em sua quarta partida no estádio Mané Garrincha nesse Brasileirão, o Flamengo de Mano Menezes tinha a missão de sair da zona do rebaixamento. Já o Atlético chegou necessitando sair da ressaca pós Libertadores. Com muitos desfalques, Cuca teve que escalar um time quase misto em relação aquele que conquistou a América. O treinador atleticano não pode contar com Bernard, Jô, Leandro Donizete e Guilherme. Ronaldinho foi poupado por opção e Junior César não pode atuar por força de contrato.

No plano tático, Mano Menezes optou por escalar um 4-1-4-1 que encaixou a marcação no 4-2-3-1 atleticano, o que dificultou o trabalho de bola do time mineiro. O Flamengo jogou compactado na transição defensiva, com os três setores bem próximos em mais ou menos 30 metros, deixando mais complicada a missão do apático Atlético. O time mineiro parece não ter entrado em campo na etapa inicial, jogando de forma espaçada e aceitando os toques rápidos e a movimentação ofensiva do adversário.

 

Flamengo no 4-1-4-1 e Atlético no costumeiro 4-2-3-1: aos 11’, Marcelo Moreno, que deu a assistência para o gol de Nixon, saiu machucado e foi substituído por Rafinha. O time carioca se compactou na transição defensiva, sobretudo após o segundo gol marcado por Elias aos 13’. Na transição ofensiva, o Flamengo procurava tocar rápido e jogar pelas beiradas, com Gabriel e João Paulo insistindo em cima de Marcos Rocha. Enquanto o time de Mano combatia a saída de bola do adversário, o sonolento Atlético deixava espaços e quase nada produziu ofensivamente. Nos 15 minutos finais, Elias e Luiz Antônio inverteram de lado na meiuca.

 

 

É lógico que os desfalques fizeram muita falta para o Galo, mas a diferença de rendimento das duas equipes na etapa inicial foi enorme. O grande problema do Atlético foi que Alecsandro, Luan e Tardelli pouco participaram da transição defensiva, o que proporcionava ao Flamengo superioridade no meio e facilidade para trabalhar a bola. Com muito mais volume e jogando de forma mais incisiva, a equipe de Mano Menezes teve chance de fazer mais gols e não soube aproveitar.

No segundo tempo, o Flamengo se fechou atrás e cedeu espaço ao Atlético, procurando decidir no contragolpe, o que aconteceu aos 30’ com gol de Paulinho, o terceiro da equipe. O time mineiro voltou com mais movimentação dos homens de frente e o técnico Cuca tentou mudar a cara da equipe com alterações, porém nada surtiu efeito e o Galo amargou mais uma derrota em sua ressaca após o maior título de sua história. A volta dos jogadores titulares e motivação devem encorpar a equipe novamente.

 

Painel tático da etapa final: Cuca resolveu tirar Rosinei e Luan, colocando em suas vagas Neto Berola e o garoto Elder. Assim, alocou Tardelli pela direita e enfiou Elder na área com Alecsandro, tentando escapar da forte marcação rubro negra pelo meio. Como ressaltado por Luiz Antônio ao final da partida, a instrução de Mano foi primeiro marcar para depois sair jogando. O apoio dos volantes na transição ofensiva foi fundamental para a vitória do Flamengo. Após o terceiro gol, Mano pediu calma e cadência, fechando ainda mais com a entrada do zagueiro Samir no lugar de Nixon aos 38’.

 

 

Mano Menezes começa a padronizar a equipe efetivando Luiz Antônio como titular e buscando jogar de forma mais compacta. Depois do sacode levado contra o Bahia no meio de semana, o Flamengo se reergueu com goleada convincente em cima do Atlético. O 4-1-4-1 se mostrou boa opção para proteger a zaga, compactar os setores e, sobretudo, encaixar a marcação de meio contra equipes usuárias do 4-2-3-1. Para o Galo, cabe voltar à realidade e esquecer essa ressaca. Já passou da hora. Abraço!

 

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira