RESUMO TÁTICO DOS BRASILEIROS NA LIBERTADORES: O QUE DECIDIU FOI A COMPETÊNCIA

25/05/2012 17:32

 

É sabido que o futebol é feito de paixão, tática, estratégia e competência, além de tantos outros ingredientes que incorporam essa receita de sucesso.  Nos jogos dessa semana, que foram disputados pelos times brasileiros na Libertadores, o que decidiu não foi á tática, muito menos a estratégia. Posso afirmar que, taticamente, não tivemos qualquer novidade. O que decidiu foi ser ou não ser competente.

Começando por Fluminense e Boca Juniors, que foi o primeiro jogo da noite de quarta feira, quanta incompetência. Como dito, no aspecto tático e estratégico não tivemos nenhuma novidade. Abel Braga veio no seu 4-2-3-1 remendado pelos desfalques e Falcioni no costumeiro 4-3-1-2 xeneize. Mesmo com os desfalques de Diguinho, Deco, Fred e Carlinhos, o Flu era superior tecnicamente e tinha tudo para sair classificado do Engenhão. Esse foi o desenho tático da partida, o mesmo dos quatro duelos das equipes pela competição:

 

 

A superioridade técnica tricolor ficou comprovada com o domínio do jogo. A incompetência do treinador e dos atletas ficou comprovada com a eliminação do time na principal competição de futebol das Américas (retirando dessa lista, com justiça, Cavalieri, Gum, Anderson, Edinho e Jean). Sinceramente não entendi a escalação e o propósito tático de Abel. Montou um time para ficar com a bola e ser totalmente inofensivo com a posse dela. Wagner ficou aberto pela esquerda, inoperante como sempre, sendo que Jean, por conta própria, passou a avançar para a meia de criação, tamanha foi a omissão de Wagner, muito mal posicionado em campo.

Com Sóbis num dia infeliz e Rafael Moura, como sempre, apático e inexpressivo, ficou o Flu sem criação de jogadas. Falando em Rafael Moura, esse teve a chance de fazer o segundo gol e selar a classificação tricolor. Na única bola que recebeu de frente para o gol, ao invés de chutar com firmeza, preferiu driblar três dentro da área e perdeu a jogada. São nos momentos decisivos, das grandes decisões, que verificamos até onde vai à competência de cada um. Também não entendi, e jamais entenderei, a opção de Abel por Wagner, deixando Nem e Lanzini no banco. O próprio treinador do Boca tentou explicar a incompetência ofensiva do time do Fluminense:

 

Não fizemos uma boa partida, mas estamos classificados porque tivemos coragem, mística e a atitude de sempre. Equilibramos o jogo durante o segundo tempo. Eles tiveram a posse de bola, mas quase não criaram e nós provocamos alguns escanteios”.

 

Perceberam a explicação despistada de Falcioni? Ele admite que seu time não jogou bem, que foi presa fácil e que o Flu teve o domínio da bola. E resumiu admitindo que a vitória nasceu da coragem, da mística e da atitude. Não seria eticamente correto ressaltar a incompetência de quem comanda o time adversário.

 

No outro jogo da noite de quarta pela Libertadores, entre Corinthians e Vasco, mais uma vez a partida foi decidida pela competência de uns e pela incompetência de outros. Assim como ocorreu com Fluminense e Boca, não tivemos nenhuma novidade no plano tático. O Timão veio no seu 4-2-3-1 que se transforma num 4-4-2 em duas compactas linhas de quatro (quando o time perde a bola), o que dificulta marcar gols na segura equipe de Tite. Já o Vasco veio no seu espaçado 4-3-3 com Juninho na criação e apostando na velocidade de Fágner e Éder Luís pela direita. Esse foi, como na semana anterior, o desenho tático da partida:

 

 

Novamente o jogo foi duro, brigado, uma verdadeira batalha campal. Seria decidido no detalhe, num lance, numa bobeira dada por um dos sistemas defensivos das equipes em campo. Depois de tanta luta, de tanta entrega, aos 18 minutos do segundo tempo Diego Souza saiu, completamente livre, na cara do gol. Após roubar a bola de Alessandro no meio de campo, partiu livremente rumo ao gol corintiano, tendo somente o goleiro Cássio à sua frente. Mas, misturando preciosismo, incapacidade e indecisão, tentou buscar o canto, a jogada mais óbvia, sendo a bola muito bem defendida pelo jovem goleiro.

Certamente esse gol decidiria a classificação em favor do Vasco. Entretanto, a incompetência de Diego Souza aniquilou as possibilidades vascaínas de disputar a semifinal da Libertadores. O que faltou a Diego sobrou para Paulinho, que com competência e sorte subiu alto para cabecear no fundo das redes de Fernando Prass. Um lance, um detalhe, uma falha e a parada se decidiu a favor do time paulista.

 

Por fim, o jogo entre Santos e Vélez disputado ontem na Vila Belmiro. Taticamente, outro repeteco da semana passada. O Santos veio no seu polivalente 4-4-2 losango e o time argentino no seu 4-4-1-1 postado em duas linhas de quatro, buscando sempre a compactação e a diminuição do espaço de campo do adversário. Esse foi o desenho tático do Santos na partida:

 

 

Se, como citado, Abel, Rafael Moura e Diego Souza foram incompetentes na realização de suas funções, o mesmo não pode ser dito de Muricy Ramalho e do veterano lateral Léo, um dos maiores ídolos da história do clube santista. O jogo estava duríssimo, apesar da expulsão do goleiro do Vélez, ainda no primeiro tempo. Com todos os jogadores atrás da linha da bola, o time argentino, impecável no sistema defensivo, obliterava qualquer nascimento de jogada ofensiva e incisiva do Peixe.

Entretanto, mais ou menos na metade da segunda etapa, Neymar começou a chamar ainda mais a responsabilidade, incentivando os companheiros, partindo para cima e tentando arrumar o espaço. Percebendo a atitude do atleta, assim como a péssima atuação de Juan pela lateral esquerda, Muricy sacou o aludido lateral e mandou o experiente Léo ao campo de jogo, buscando se valer da competência, da rodagem e da Inteligência tática do jogador. Sabedor de que o único remédio para a rigidez defensiva das linhas de quatro é uma movimentação constante e inteligente, Léo começou a jogar no espaço deixado por Neymar. Em jogada pelo meio da defesa argentina, tabelou e conseguiu rolar para Kardec fazer o gol. Na disputa de pênaltis, como uma espécie de prêmio dado pelo mundo do futebol, foi de Léo a cobrança que decidiu a classificação em favor do Santos.

Assim compreendemos que um futebol vencedor necessita, antes de tudo, de uma execução qualificada e certeira daqueles comandantes e atletas que, naquele momento, estão representando uma equipe, uma história, uma nação! Ou seja, é uma questão de competência.

 

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira

 

Tópico: RESUMO TÁTICO DOS BRASILEIROS NA LIBERTADORES: O QUE DECIDIU FOI A COMPETÊNCIA

Ajuda!

Sérgio | 28/05/2012

Cara, eu preciso que você me responda onde você acha esses campinho, pfpfpf!

Re:Ajuda!

Victor Lamha de Oliveira | 28/05/2012

Fala Sérgio. tudo bom? Bem vindo ao Painel tático!!! Esse campinho eu fiz no paint, de forma rústica mesmo, e tenho o modelo no computador. Após as partids eu abro o arquivo no próprio paint e acrescento as bolinhas com os nomes e as movimentações dos atletas. Me manda um email que te envio o campo! Abraço

victorlamha@hotmail.com

Jogaços

Maurício | 27/05/2012

Dois grandes jogos, onde a camisa do Boca pesou, contra o Flu! E no Corinthians x Vasco, era um clássico Brasileiro neh!!
Mas onde tem um grande jogador como Riquelme em um time, essa equipe fica muito favorita pelo titulo!

Re:Jogaços

Victor Lamha de Oliveira | 28/05/2012

Grande Maurício! Olha, vou ter que concordar discordando de você. Não creio que a camisa do Boca pesou tanto. A equipe do Flu foi guerreira na Argentina e deixou escapar a classificação no Rio por incompetência do Abel e de alguns atletas inoperantes! A camisa pode ter pesado um pouco, visto que os jogadores do Boca estavam muito mais serenos em campo do que os atletas tricolores! Mas o fator decisivo, como dito no post, foi a incompentência e omissão de funcionários muitooooooooooo bem pagos do clube. E Riquelme continua sendo um craque. Trata a bola com carinho e seus passes tem o brilho da técnica. Queria ele no Grêmio???? Rs! Abraço!

Re:Re:Jogaços

Maurício | 29/05/2012

Claro que queira sim.. hueheuheue
Vc não queria ele no seu Flu, apesar de ter o Deco. hueheu
Abraço

Re:Re:Re:Jogaços

Victor Lamha de Oliveira | 29/05/2012

Lógico que eu queria. Com o Riquelme no Flu, eu mudaria até o esquema: colocaria um 4-3-1-2 igual ao do Boca, com Edinho, Jean, Deco e Riquelme no meio e Neves e Fred no ataque! Welington Nem seria reserva de luxo junto com o Sóbis! O Rafael Moura eu mandaria para o Grêmio...rs! Que tal? Melhor que o André Lima! Rs! Abraço

Re:Re:Re:Re:Jogaços

Maurício | 29/05/2012

Que meio de campo heeim de luxo mesmo, só não gosto muito do Edinho! hehehe

Opa, trocaria sim o Rafael Moura pelo André Lima .. hehehehe

Abraço

vasco

Jorge | 27/05/2012

poooooo victor, tem que fazer uma campanha "fora cristovãooooo"! abç

Re:vasco

Victor Lamha de Oliveira | 27/05/2012

Olá Jorge, tudo bom? Como disse para nosso grande Danilo, também não acho que Cristovão Buarque a melhor opção para treinar o Vasco! Abraço!

Libertadores!! Covardia dos técnicos cariocas... E Santos enganador!!

Danilo Costa | 26/05/2012

Fala Victor, tudo bem?? Vou separar meus comentários por tópicos. Depois diga o q acha!!

1º Fluminense: Os desfalques do fluminense, na minha opinião, foram determinantes para derrota, e o Abel é culpado, poderia ter polpado jogadores na decisão contra o Botafogo, Deco poderia ter disputado as partidas contra o Boca (Fred eu não lembro quando machucou). Concordo plenamente com a covardia do Abel, Wagner tem jogado muito mal, Rafael Moura é um jogador médio, e o Thiago Neves vem enganando desde a época no flamengo. Lanzini e Nem mesmo sendo jovens e inexperientes poderiam ser opções melhores.

2º Vasco x Corinthians: Não gosto do time do corinthians e do jeito q o time joga, e muito menos do Tite, mas é um time competente. O vasco sempre me pareceu muito nervoso em todos os jogos da libertadores, acho q isso atrapalhou o time. E mais uma vez mal escalado, com medo de jogar com Felipe e Juninho ao mesmo tempo. Acreditar q Diego Souza é craque tb ajudou muito no fracasso do time...uahuahuahuaha

3º Santos: Não acho o time do Santos essa bola todo, e Neymar 3º melhor jogador do mundo (Excelente jogador, que provavelmente estará entre os melhores num futuro próximo). Descordo de vc q Neymar teve atitude no jogo, e pelo q acompanhei de comentários em programas esportivos e aki em casa, segue a mesma linha de raciocínio. Só apareceu em dois lances no jogo o da expulsão do goleiro e um passe q ele deu pro Renteria (Muricy maluco???????). Time do Santos não jogou essa bola toda nos dois jogos e quase foi eliminado. E o Neymar tem q aprender a se virar contra retranca e marcação mais forte, time compactado. Observei isso na Copa América pela seleção. Santos é um bom time, mas tá longe de ser imbatível ou unanimidade!!

Palpites para final: Corinthians e LaU.

Grande Abraço

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