VASCO 2 x 1 CORITIBA: ADÍLSON ESTREIA VENCENDO E USANDO BEM O ELENCO LIMITADO

02/11/2013 23:42

 

Em 18º lugar com 33 pontos, o Vasco tentava encontrar como motivação a troca de treinador. Adilson Batista assumiu na última terça após a demissão de Dorival Júnior e prometeu exigir comprometimento, firmeza na marcação e atitude. O Coxa vinha embalado na competição. Após duas boas exibições em casa, quando venceu o líder Cruzeiro e o Grêmio, integrantes do G-4, ganhou novo ânimo. A manutenção da mesma equipe das duas últimas partidas era outro fator positivo para o clube paranaense.

No plano tático, Adílson estreou postando o time cruzmaltino, inicialmente, no 4-3-3, encaixando a marcação no 4-2-3-1 do Coritiba. Com a contusão de Juninho aos 19’ e a entrada de Abuda em seu lugar, o Vasco passou a atuar com um 4-1-4-1 mais bem definido que acabou organizando e equilibrando mais a equipe. A saída de Juninho, ídolo do clube, foi ruim no aspecto técnico, porém acabou ajustando o time taticamente. Saiu o cérebro e a equipe aumentou sua consistência. Coisas do futebol.

 

20’ iniciais: Vasco no 4-3-3 e o Coritiba no esperado 4-2-3-1. No Vasco, Francismar ficava mais preso para Juninho avançar e liderar a criação de jogadas. Pedro Ken foi alocado como primeiro volante para auxiliar na cobertura e dar o primeiro passe. Para compensar, Marlone tinha posicionamento mais avançado e postura mais aguda. No Coxa, Julio Cesar saía da área para facilitar a inserção dos meias, mas Robinho ficou muito preso na marcação de Marlone. Marcando mais atrás e por zona, o time paranaense tentava atrair o Vasco para sair em velocidade.

 

 

Aos 19’, Juninho saiu contundido e Abuda entrou em seu lugar. A função do volante era colar em Alex, o que realizou com êxito, impedindo o camisa 10 do Coritiba de articular as jogadas. Pedro Ken foi fazer a função de Juninho, mas dividiu de forma igualitária as funções de meio com Wendel, o que também propiciou a liberação de Francismar pela direita, passando o meia a auxiliar na criação de jogadas de forma muito mais participativa. Por todos esses fatores, o Vasco atuou na segunda metade da primeira etapa desenhado em um 4-1-4-1 bem mais definido e equilibrado. Aos 38’, Vitor Júnior substituiu Geraldo, que saiu contundido.

 

 

O Coritiba marcou mal pelos lados e atuou com os laterais presos na marcação, o que tirou a profundidade da equipe e facilitou as coisas para o time carioca. Aos 26’, Marlone cobrou falta na área e Edmílson escorou para o fundo das redes: 1 x 0 para o time cruzmaltino. Após marcar o tento, Adílson pediu para o Vasco circular mais a bola, ficando menos estático, previsível e adstrito ao desenho tático. Na primeira etapa, o time carioca ocupou bem os espaços e aproximou as linhas, o que ajudou na organização.

Com o resultado favorável e precisando vencer a qualquer custo, Adílson fez uma alteração no intervalo que mudou totalmente a forma do time jogar. Esperando uma postura mais ofensiva do Coritiba, o técnico do Vasco tirou Francismar e colocou o zagueiro Renato Silva, postando sua equipe no 3-6-1. A proposta de se fechar na espera do contragolpe era arriscada, mas Adílson sabia da importância dos três pontos e assumiu os riscos de sua opção tática.

 

Na segunda etapa, o Vasco atuou no 3-6-1, praticamente um 5-4-1 na transição defensiva. Com Alex sem inspiração, o Coritiba não conseguiu traduzir a posse da bola em lances de gol. Pela esquerda, Marlone auxiliava a marcação, função que Pedro Ken, adiantado para auxiliar no contragolpe, cumpria no flanco oposto. O Vasco conseguiu o segundo gol aos 27’, após jogada individual sensacional de Marlone e finalização certeira de Edmilson. O Coxa descontou aos 36’, com Luccas Claro de cabeça, porém produziu muito pouco ofensivamente.

 

 

Na etapa final, Adílson Batista congestionou a intermediária e seu Vasco, mais aguerrido e determinado taticamente, conseguiu vitória importantíssima na luta contra o rebaixamento. O novo comandante vascaíno teve boa estreia e usou bem as peças disponíveis, motivando e organizando a equipe na medida do possível. A aposta de recuar demais no segundo tempo contou com a sorte e a incompetência do Coritiba, que parece ter sofrido mais um apagão. E temos que destacar: o garoto Marlone vem jogando demais, sendo mais uma vez decisivo. Com certeza, foi o melhor atleta em campo. Abraço!

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira

 

Tópico: VASCO 2 x 1 CORITIBA: ADÍLSON ESTREIA VENCENDO E USANDO BEM O ELENCO LIMITADO

Legal

Rafael Silva | 03/11/2013

Bom artigo, abraço.

Novo comentário