CORINTHIANS 1 x 0 CHELSEA: BANDO DE LOUCOS CHEGA AO TOPO DO MUNDO

16/12/2012 11:25

 

Como esperado, a final do Mundial de Clubes foi um jogo disputado no aspecto tático e estratégico, o que ficou nítido com o constante duelo por espaços no campo de batalha. No plano tático, ficou clara a intenção de Tite com a entrada de Jorge Henrique: montar outra linha de quatro no meio para compactar o time, lançando um típico 4-4-2 britânico. Já o Chelsea veio no seu costumeiro 4-2-3-1:

 

Painel tático da partida: Chelsea no 4-2-3-1 e o Corinthians num 4-4-2 britânico inteligentemente montado por Tite. Timão conseguiu compactar as linhas e evitar que o habilidoso time inglês tivesse espaço para jogar. Por vezes também se formava uma espécie de 4-1-4-1 no time do Corinthians com Emerson recuando e Paulinho se alinhando à frente.

 

 

O planejamento tático feito por Tite para a disputa do Mundial foi perfeito, servindo de paradigma para os próximos times brasileiros que chegarem à disputa. Aproveitou com maestria a reta final do Brasileirão, uniu a equipe em torno de um objetivo e usou suas peças no tablado como um verdadeiro enxadrista. Seu 4-4-2 típico da terra do Chelsea negou espaços ao time de Rafa Benítez , se impondo com inteligência ao tomar a posse da bola.

O time corintiano começou o jogo esperando o Chelsea para aplicar o contragolpe, mas após uma falsa imposição ofensiva do time londrino o Timão igualou as ações ofensivas e fez uma partida nivelada durante todo o jogo contra o Chelsea, uma equipe superior no aspecto técnico. Sem contar as intervenções milagrosas do gigante Cássio, que ganhou, de forma merecida, a bola de ouro como melhor jogador da partida. Foram quatro milagres que garantiram o título corintiano. O time paulista hoje foi a cara e semelhança de seu comandante, jogando com tranqüilidade e extrema obediência tática.

 

 

Linha de quatro pelo meio e os dois atacantes alinhados à frente. Benítez esperava um 4-2-3-1 no time brasileiro, sendo surpreendido pelo 4-4-2 em linhas de Tite que negava espaços ao seu trio de meias, sendo que os avanços de Paulinho e as centralizações de Danilo empurravam os volantes do Chelsea para o seu campo de defesa.

 

 

A tática e a estratégia escolhidas por Tite coadunaram perfeitamente com as necessidades do duelo. Jorge Henrique entrou para marcar Cole e Danilo, além de montar a linha de meio, centralizava e fazia a retenção da bola pela esquerda, o que proporcionava a chegada do time no campo de defesa do Chelsea. No primeiro tempo, apesar da alternância de domínio, podemos dizer que o time paulista teve mais consistência e o time inglês foi mais cirúrgico e perigoso em suas finalizações.

Na segunda etapa, a equipe de Tite voltou com uma sutil alteração, que foi um pequeno recuo de Emerson à intermediária do Chelsea, colocando o Corinthians praticamente num 4-5-1. Com o jogo mais franco e ofensivo na etapa final, o time de Benítez tentou se impor no campo corintiano. Aos 20 minutos o Chelsea tinha 54% da posse de bola, retrato da imposição ofensiva realizada na etapa complementar. Entretanto, o Corinthians foi premiado pela raça e pela obediência tática, executada com exímia competência por cada jogador do time.

 

 

No flagrante tático percebemos a dedicação tática da equipe corintiana na partida. Percebam Danilo duplicando a marcação pelo flanco esquerdo como um legítimo winger do 4-4-2 britânico. Compactação constante na marcação obliterou as ações ofensivas do Chelsea, que acabou finalizando em lances isolados durante o duelo.

 

 

Aos 23 minutos da etapa final veio o presente pela dedicação do time do Parque São Jorge. Após bela jogada coletiva feita por Paulinho, Jorge Henrique e Danilo, a bola acabou sobrando para Guerrero empurrar de cabeça para o fundo das redes. Com o resultado favorável, o time de Tite se fechou em suas linhas e evitou o abafa do Chelsea, que só chegou de frente para o gol uma vez, com Cássio salvando cara a cara com Fernando Torres. Para sorte do Corinthians, Oscar entrou somente no final, quando a partida já encaminhava para o título do Timão.

Apesar da alternância de domínio, o time brasileiro foi mais consistente e mais forte no aspecto psicológico, merecendo a conquista. Tite mostrou toda sua inteligência tática, mudando as peças ofensivas da equipe, visto que possui uma invejável base defensiva. Hoje presenciamos a vitória de um time completo, que com certeza chegará forte na esperada Libertadores do ano que vem. E palmas para Tite, que manejou bem suas peças e venceu jogando com a referência no ataque, aproveitando o bom momento de Guerrero. Parabéns para todos os “loucos” do Brasil. Abraço!

 

 

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira

 

Tópico: CORINTHIANS 1 x 0 CHELSEA: BANDO DE LOUCOS CHEGA AO TOPO DO MUNDO

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Marcus Vinicius | 17/12/2012

Salve Victor!


Grande jogo, nos ultimos anos pelo menos que eu me lembre não vi nenhuma equipe brasileira ou sulamericana jogar de igual pra igual com uma equipe do velho continente.

O Tite é um treinador extremamente inteligente, assim que ele indicou que colocaria o J. Henrique, eu já imaginei que ele jogaria com 2 linhas de quatro, e na transição ofensiva formando uma especie de 4-1-4-1 como bem dito por você, com o Paulinho chegando como elemento surpresa como faz muito bem.

A dedicação da equipe em campo é o diferencial desse time, o Tite consegue fazer com que todos jogadores "joguem pro time" o tempo todo, todos ajudando a marcar com uma obediência tática levada ao pé da letra.

grande abraço!

CORINTHIANS BI-CAMPEÃO MUNDIAL DA FIFA!

L.H.P

Re:.

Victor Lamha de Oliveira | 15/01/2013

Salve Marcus! Concordo com você: além do belo trabalho tático, Tite ainda tem essa virtude de fazer os jogadores se unirem em torno de um objetivo. Título merecido! Abraço!

Parabéns

Glauco | 16/12/2012

Vitão, muito bom seu texto. Concordo em tudo que você disse. A sacada do tite em montar duas linhas de 4 e se impor com posse de bola foram determinantes para o resultado. Espero poder fazer a final da Libertadores de 2013 contra seu Flu, já que o Boca não permitiu neste ano. O jogo promete, heim...

Re:Parabéns

Victor Lamha de Oliveira | 15/01/2013

Grande Glauco! Já pensou Flu x Timão na final da Libertadores? Jogo para cardíacos e um verdadeiro duelo tático entre Tite e Abelão. Tomara que ocorra esse duelo! Abraço!

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