CORINTHIANS 1 x 0 VASCO: TIME DE OLIVEIRA PERDE A QUINTA CONSECUTIVA

27/10/2012 18:55

 

PRIMEIRO TEMPO: Corinthians no costumeiro 4-2-3-1 com Paulinho jogando um pouco adiantado, por vezes dando a sensação de estar posicionado no 4-1-4-1. Romarinho movimentando bastante e aproveitando as costas de Juninho, tem sido a rota de fuga do Timão na transição ofensiva. Douglas e Martínez, marcados praticamente de forma individual por Nilton e Felipe Bastos, estão sumidos em campo, o que tem isolado o peruano Guerrero.  Marcelo Oliveira, comandante vascaíno, tentou adequar seu 4-4-2 losango ao esquema de Tite e veio com seu time postado num esquema híbrido, com características defensivas do losango e um comportamento ofensivo típico do 4-2-3-1. Sem a bola, Nilton encosta em Douglas, Felipe Bastos em Martínez e Juninho toma conta do lado direito, onde Romarinho tem achado espaço na primeira etapa. Marlone tem voltado para cercar Pauinho e Eder Luis ficar aberto pela direita, como um segundo atacante. Com a bola, Juninho centraliza para criar e Marlone abre pelo flanco esquerdo, fazendo a composição ofensiva do espaço típica do 4-2-3-1. Percebe-se que o treinador do Vasco montou sua estratégia adequando-a ao sistema corintiano. Já Tite, veio com seu mesmo esquema, “entregando” espaço para trabalhar a bola com velocidade ao retomá-la. Meu amigo Raul Chiliani me informou que o Gullit, acompanhando o jogo aqui no Brasil, viu o Corinthians no 4-3-3. Entretanto, Martínez e Romarinho têm voltado além da intermediária para marcar, o que caracteriza mais o 4-2-3-1.

 

 

Corinthians no 4-2-3-1 e Vasco num híbrido 4-4-2/4-2-3-1: losango se formava sem a bola. Na transição ofensiva, ficava nítida a mudança de desenho para o 4-2-3-1. Com o time paulista saindo pouco para o jogo na primeira etapa, deficiências do time vascaíno não ficaram tão expostas.

 

 

 

SEGUNDO TEMPO: Começou mais acelerado, com Corinthians e Vasco procurando o gol. Marcelo Oliveira, somente na etapa final, parece ter desmanchado de vez o losango e espelhado o 4-2-3-1 do time de Tite.  O Corinthians adiantou a marcação e dificultou o toque de bola do Vasco, já diminuto pela falta de qualidade do time. Tite inverteu Martínez com Romarinho, que foi jogar na direita. Aos 13’, após cobrança de escanteio e duas falhas de Nilton, Guerrero abriu o placar. Ao adiantar um pouco a marcação e ser mais incisivo no ataque, o Corinthians deixou flagrante a fragilidade do desmontado time vascaíno. Martínez voltou muito bem pela esquerda e Guerrero retornou movimentando-se mais. Depois de levar o gol, Marcelo Oliveira fez três alterações: entraram Maicon Assis, Thiago Feltri e Jhon Cley. Saíram Eder Luis, Felipe Bastos e Marlone, o que montou em campo, praticamente, um 4-3-3 de base alta. Marcelo Oliveira usou o que pode, mas a qualidade do elenco não ajuda e o Vasco perdeu a quinta consecutiva. A produção da equipe, totalmente desmantelada, caiu vertiginosamente na reta final do campeonato. Justamente no momento de decisão. Acho que Marcelo errou ao abandonar o híbrido 4-4-2/4-2-3-1 e espelhar o esquema corintiano no segundo tempo, tendo que se valer de um 4-3-3 desesperado com apenas 20’ de jogo. Time com baixa qualidade técnica e passando por uma fase adversa, como é o caso do Vasco, tem que jogar de acordo com suas limitações, ainda mais fora de casa e contra um adversário mais qualificado. Não adianta ter muitos atacantes se a bola não para lá na frente. Falta qualidade, muita qualidade. Triste final de campeonato para o time carioca. Como bem colocou Renato Salles no Facebook, “Parece que o Corinthians vai eliminar o Vasco de duas Libertadores no mesmo ano”. Verdade!

 

 

4-3-3 vascaíno: após sofrer o gol, Marcelo Oliveira tentou, com o que tinha em mãos, mudar a cara do time, montando um verdadeiro 4-3-3 de base alta para buscar o empate. Entretanto, ter muitos atacantes de nada adiantou ao Vasco. Falta qualidade, ânimo e tranqüilidade para o elenco. Triste fim de campeonato para o time da colina que iniciou o torneio entre os favoritos ao título.

 

 

 

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira