INTERNACIONAL 1 x 0 FLAMENGO: O LOSANGO DE DUNGA E SUAS FORMAS DE ATACAR

21/07/2013 19:46

 

No duelo entre os dois últimos ex-treinadores da Seleção, disputado no frio de Caxias do Sul, Dunga levou a melhor e o Colorado venceu com tento de Juan marcado nos acréscimos do segundo tempo, após Felipe sair mal do gol. Taticamente, o Internacional veio postado num 4-4-2 diamond, ou, como queiram, desenhando um losango pela meiuca. Já o rubro negro carioca veio no esperado 4-2-3-1, com Carlos Eduardo pelo centro e dois ponteiros fazendo a recomposição:

 

Internacional no 4-3-1-2 e Flamengo no 4-2-3-1: Mano preferiu marcar atrás e chamar o adversário para o campo de defesa, planejando um contragolpe veloz na transição ofensiva (além de congestionar o meio). Já Dunga colocou o Inter para marcar em cima, procurando encurtar os espaços e tomar a rédea ofensiva da partida. Willian fez uma espécie de regista, saindo de trás para armar e lançar. D’Alessandro e Forlán tentavam buscar a área, mas a sobra na defesa do Flamengo dificultava as inserções. Chamou atenção a movimentação ofensiva intensa do Colorado, com muitas trocas de posição.

 

 

Dunga montou uma boa estrutura de marcação para respaldar duas jogadas ofensivas que se repetiram durante a partida, além de D’Alessandro centralizado buscando a área. Uma delas é abrir o argentino pela direita e centralizar Forlán, ganhando presença de área. A outra é realizar uma sucessão de diagonais pela esquerda para D’Alessandro ficar com espaço para pensar e armar as jogadas. O Flamengo também demonstrou organização apesar da pouca qualidade técnica do elenco, quase arrancando o empate objetivado.

 

Sentindo falta de presença de área, Dunga montou um 4-3-3 a partir dos 18’ da primeira etapa, sendo tal posicionamento o preponderante até o intervalo (alternando com o losango). E foi com D’Alessandro aberto pela direita e Forlán centralizado que o Inter teve sua melhor chance e conseguiu ser mais incisivo. A sobra do Flamengo diante do 4-3-1-2 foi comprometida com o uruguaio alocado entre os zagueiros. No segundo tempo, o Inter teve chance clara que Fabrício desperdiçou com o gol vazio. A trama ofensiva, mais uma vez, teve início com D’Ale aberto pela direita.

 

 

Outra movimentação ofensiva interessante do Inter acontece pela esquerda, com uma sucessão de diagonais que possuem o objetivo de clarear para D’Alessandro, que se desloca do meio para o flanco. Nessa toada, Kleber mergulha pelo corredor, Fabrício faz a segunda diagonal levando o volante e Jorge Henrique arrasta o lateral e o zagueiro, confundindo a marcação. Assim, o argentino ganha tempo para colocar os companheiros em condição de finalizar.

 

 

Na segunda etapa, o técnico Dunga fez alterações táticas para buscar presença de área e pelo menos um gol. Aos 20’, entrou Damião no lugar de Kleber e Fabrício foi ocupar a lateral. Logo após, aos 26’, entrou Caio no lugar do cansado Forlán, sendo desenhado um 4-2-3-1 em campo. Já Mano só trocou jogadores, colocando Adryan e Nixon nas vagas de Carlos Eduardo e Bruninho. Com o Internacional partindo para cima e espaçando a marcação, o Flamengo obteve espaços que não soube aproveitar na etapa complementar.

 

Na segunda etapa, Dunga espelhou o 4-2-3-1 em busca de presença de área e velocidade pelos lados para marcar o gol, visto que o Flamengo se fechava procurando o empate.

 

 

O Colorado venceu e agora passará por mudanças. Damião está de malas prontas rumo ao Napoli e Scocco, juntamente com Alex, chegam para recompor o elenco. Já o Flamengo aguarda André Santos e continua seu trabalho de reestruturação tática. Mano Menezes só não pode esperar e testar tanto como fez na Seleção Brasileira. O Inter começa a tomar forma e mostrar competitividade, requisitos necessários para um campeonato disputado em pontos corridos. Abraço!

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira

 

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