LIBERTADORES: PRÉVIA TÁTICA DO PRIMEIRO JOGO DA GRANDE FINAL

26/06/2012 18:31

 

Nessa quarta, para alívio dos corintianos, começa a grande decisão da Libertadores entre Boca Juniors e Corinthians, jogo que será disputado em Buenos Aires, na temida Bombonera. No plano tático, provavelmente não teremos novidades. A equipe de Tite, como de costume, deverá ser escalada no seu híbrido 4-2-3-1 que marca com duas linhas de quatro. Já o time argentino deverá ser postado no seu marcante e vencedor 4-3-1-2 com Riquelme de enganche, sendo este responsável por pensar e armar todo o jogo xeneize. Esse será o provável desenho tático do duelo:

 

 

Cabe ressaltar que na grande final da Libertadores não temos a questão do gol marcado fora de casa, o que deve soltar ainda mais a equipe do Boca em busca do ataque. Assim, o Timão deverá fazer alguns ajustes na marcação para tentar neutralizar as ações ofensivas da equipe de Falcioni.

Creio que para anular Riquelme, a melhor opção para Tite, como demonstrado no painel tático acima, é colar Ralf no jogador, para que o craque argentino jamais domine a bola com espaço para pensar o jogo. Como Riquelme cai muito pelo lado esquerdo, Ralf, automaticamente, deverá ser puxado para o flanco direito da defesa alvinegra, deixando Paulinho mais pelo lado esquerdo da cabeça de área corintiana.

Além de Riquelme, outro jogador que também auxilia muito na criação de jogadas do time do Boca é Erviti, atleta que trabalha pelo setor esquerdo do meio de campo. Como Rodríguez não apoia muito, e Jorge Henrique tem se destacado no aspecto defensivo, fazendo com perfeição a cobertura de espaços laterais e centrais, poderá o jogador acompanhar Erviti, deixando Paulinho cuidar de Ledesma.

Como estará circulando pelo meio, Danilo também pode auxiliar na marcação de Erviti, propiciando uma liberdade maior para que Alessandro suba ao ataque. Acho que Emerson deve ser liberado para penetrar em diagonal na lenta e frágil defesa do Boca, deixando Alex fazer o falso 9 e Danilo partir de trás para ser presença na grande área.

Essa equipe do Boca joga muito mais apoiada na inteligência de Riquelme e nas suas tradições do que propriamente na qualidade técnica de seu elenco. A equipe de Julio Falcioni pegou o União Espanhola nas oitavas da Libertadores, enfrentou um Fluminense desmantelado nas quartas de final e, nas semifinais, enfrentou uma La U desfigurada, ainda competitiva pelo ótimo trabalho de seu treinador.

Apesar da tradição e do peso da camisa xeneize, acredito que o Corinthians possuí a melhor equipe e um melhor padrão tático, fatores preponderantes em momentos de decisão. Cabe ao time de Tite ter calma e sabedoria no jogo de ida, afinal o jogo de volta será no Pacaembu, outra vantagem corintiana. Abraço!

 

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira