TUPI 1 x 0 LUVERDENSE: GALO INICIA BEM NA COPA DO BRASIL

11/04/2013 13:31

 

O Tupi fez o dever de casa e venceu o Luverdense por 1 a 0. O jogo foi realizado no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora. A partida foi válida pelo jogo de ida da primeira fase da Copa do Brasil. Os dois times decidem a classificação na próxima quarta-feira, no estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde-MT. Para a felicidade de seu torcedor, o Carijó ergueu a cabeça e com personalidade enfrentou a equipe do Mato Grosso, deixando para trás a fatídica derrota para o Araxá.

No plano tático, não tivemos novidades. O Galo Carijó, como noticiado pela Rádio Globo durante a semana, veio desenhado num legítimo 4-4-2 diamante, comumente conhecido como 4-3-1-2. Já a equipe de Roberval Davino veio postada num simétrico 4-2-3-1, com dois extremos dando profundidade, o meia central caindo pelo dois lados e um atacante de referência na ponteira de ataque. Abaixo o painel tático do duelo:

 

Painel tático da partida, visto que no segundo tempo tivemos alterações técnicas, porém nada de novo ou que se destacou taticamente. O Tupi veio postado num 4-3-1-2 e o Luverdense no esperado 4-2-3-1. Como citado, o esquema do time visitante se mostrou bem simétrico e organizado. O Tupi tinha uma variação interessante para o 4-3-3 com Vinícius buscando o flanco direito. Rafael Assis caiu bem pelos dois lados, mas jogou muito mais tempo pela esquerda, fazendo boa dupla com o habilidoso Dieguinho. Atrás, Genalvo ficou plantado como referência defensiva, com Maguinho e Maicon Douglas marcando e também subindo ao ataque, procurando, os dois, espaço nas costas dos ponteiros do Verdão de Mato Grosso.

 

 

O Galo, apesar de ainda não ter atuado com o 4-4-2 losango nessa temporada, adaptou-se bem ao desenho. Como destacado pelo treinador Felipe Surian após a partida, o objetivo do Tupi no jogo era encontrar um padrão tático defensivo que evitasse gols do adversário. E a equipe se comportou bem, mantendo sempre o losango desenhado à frente da linha de defesa.

 

 

Na foto acima, o losango estava armado pelo lado direito. Nessa imagem, o losango já estava montado pelo flanco esquerdo. A estrutura tática caminhou uniforme pelo gramado e dificultou as ações ofensivas do adversário durante a partida, sobretudo no primeiro tempo.

 

 

Transição ofensiva: o Tupi teve uma dinâmica de ataque interessante, sempre com um dos três volantes avançando para auxiliar Vinícius quando este buscava o flanco direito para compor o espaço às costas do lateral Edinho, ex-Vasco e jogador que gosta de apoiar. É também pela direita que joga o habilidoso Leandrinho, melhor jogador da equipe de Mato Grosso.

 

 

O Tupi começou melhor e marcou logo aos 9’. Após cruzamento da direita, Wesley testou e o goleiro espalmou. Rafael Assis, com a habilidade de sempre, driblou o zagueiro e trabalhou a jogada para Dieguinho, dando um passe açucarado. E o lateral Carijó não perdoou, colocando a bola no ângulo da meta do Luverdense: 1 x 0 para o alvinegro juiz-forano. O gol foi uma mistura de coletividade e habilidade. Aos 14’, o time de Surian quase ampliou em ótima enfiada de Vinícius para Wesley, que por pouco não driblou o goleiro.

Fazendo a transição ofensiva de forma veloz, o Tupi conseguiu dominar o jogo até os 20’, momento em que o adversário começou a avançar, tentando equilibrar o duelo. A partir daí, o Luverdense alugou o campo de defesa do Galo e saiu para o jogo, buscando marcar o gol. Como dito pelo assessor de imprensa do Verdão de Mato Grosso, a filosofia do técnico Roberval Davino é sempre jogar para vencer. Se for para perder, que seja fazendo gols.

Até os 40’, o Luverdense ficou com a bola e o Tupi mais fechado, esperando para aplicar o contragolpe em velocidade. Nos cinco minutos finais, o time da casa voltou a avançar seu losango e novamente trabalhou a bola com mais calma, conseguindo levar a vantagem para o vestiário. Apesar de ter mais posse durante o primeiro tempo, o Luverdense pouco produziu ofensivamente, não dando trabalho para o seguro arqueiro Jordan.

Na segunda etapa, tivemos poucas novidades. Taticamente, o Tupi permaneceu no 4-3-1-2 e o Verdão, somente nos minutos finais, desenhou em campo uma espécie de 4-3-3, mas se manteve negando espaços e não se atirou de forma afoita ao ataque. Aos 2’, Vinícius bateu falta com extrema categoria, carimbando o travessão do goleiro Gabriel. Como joga bola esse garoto. Se tiver a cabeça no lugar, Vinícius tem tudo para estourar no futebol brasileiro. É um jogador diferenciado, até no jeito de bater na bola.

Aos 14’, a maior chance do Luverdense na partida. Em bobeira da zaga do Tupi, Leandrinho recebeu lançamento e ficou sozinho na frente do gol, cara a cara com o goleiro Jordan. Mas, para a sorte do torcedor Carijó, o atacante conseguiu perder e bateu para fora. O filme da última partida, com certeza passou na cabeça de cada torcedor que estava presente. Porém, ontem a equipe alvinegra estava com mais sorte, além de ter sido mais competente do que diante do Araxá.

 

 

No segundo tempo, nenhuma mudança tática significativa. No detalhe, a manutenção do losango no meio de campo Carijó, da mesma forma como atuou na etapa inicial.

 

 

Aos 22’, a primeira alteração da partida. Surian tirou Maguinho lesionado e colocou Felipe Lima, jogador que havia jogado de titular no treino tático de terça. Aos 32’, Ryan também se lesionou e foi substituído por Ygor. Na busca pelo gol, Roberto Davino fez três alterações no segundo tempo: saíram Leandrinho, Marcelo e Tozin. Em suas vagas entraram Tatu, Vevé e Jairo. O 4-3-3 foi montado aos 32’, mas com a expulsão de Júlio Terceiro aos 39’, durou apenas sete minutos a iniciativa tática do treinador do Luverdense.

A segunda etapa foi movimentada, com o Luverdense partindo para cima do Carijó. Porém, a pressão não surtiu efeito diante da postura tática defensiva do Tupi. No finalzinho do duelo, o time juiz-forano deu uma desacelerada e passou a gastar o tempo, recuando seus jogadores. A torcida não gostou, mas faltou a compreensão do momento, ainda delicado após a derrota traumática de sábado. Cabe lembrar, que o importante na Copa do Brasil é não tomar gols em casa. Se o Tupi fizer um gol lá, obriga o Luverdense a marcar três. Abaixo a opinião do amigo Dudu Kaehler:

 

- O time melhorou muito. Foi necessário recuar. A equipe ainda estava com o Araxá na cabeça. Se não recua e toma um gol, a torcida ia criticar muito os jogadores. Tocaram a bola e administraram o 1x0, que é um ótimo resultado.

 

O único problema é a dificuldade que o time tem em reter a bola quando precisa. Ontem, ao invés de trabalhar a pelota e tocar de lado, por muitas vezes o Tupi quebrou a bola e devolveu a posse para o adversário. Mas, isso é compreensível numa equipe jovem e que foi montada no início do Campeonato Mineiro. No geral, um belo resultado e uma atuação correta do time, quem vem oscilando entre algumas decepções e grandes apresentações. Agora é vencer o Araxá! Eu acredito! Abraço!

 

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira