TUPI 2 x 1 GUARANI: CARIJÓ VENCE A PRIMEIRA EM CASA E CONTINUA INVICTO

10/03/2013 19:29

 

O Tupi manteve sua invencibilidade no Mineiro e conquistou sua primeira vitória jogando em 2013 no Radialista Mário Helênio. O Galo Carijó fez 2 x 1 no Guarani de Divinópolis, que continuou na lanterna da competição. No plano tático, Felipe Surian mais uma vez surpreendeu com uma escalação ofensiva, postando o Galo numa espécie de 4-1-4-1. Já o Guarani foi escalado num 4-3-1-2 que por vezes se transformava num 4-2-3-1:

 

Tupi no 4-1-4-1 e Guarani no 4-3-1-2. No Galo, duas referências: Genalvo à frente dos zagueiros e Wesley na ponteira de ataque. No meio, uma linha de quatro que marcava e chegava ao ataque, ocorrendo várias trocas de posição. Somente Paulinho, sonolento, destoou na movimentação. No time de Divinópolis, uma linha de três volantes na transição defensiva e um 4-2-3-1 na transição ofensiva com Rafael Pulga indo ocupar a ponta direita.

 

 

No flagrante tático acima, fica perceptível a linha de quatro no meio montada por Surian com Wesley na frente. No Guarani, os três volantes fazendo a marcação com Rafael Pulga voltando da ponta direita para compor a trinca de cabeças de área. Ofensivo, Galo Carijó atacava com 5 jogadores e mais um lateral.

 

 

Outro flagrante tático da linha de meio do Tupi com Wesley de referência no ataque. No canto direito da foto, Rafael Pulga avançando para formar o 4-2-3-1 do Guarani na transição ofensiva.

 

 

Flagrante tático do 4-3-1-2 do Guarani: losango no meio e três na marcação.

 

 

Carrapato: como sempre, Surian colou o eficiente Genalvo na cola do armador do adversário, como fizera com Marcelinho Paraíba (Boa Esporte) e Rodriguinho (América-MG). Jogando à frente da zaga no 4-1-4-1 de Surian, mais uma vez anulou a articulação do oponente, não deixando o habilidoso Silas jogar.

 

 

Após a boa atuação de Vinícius contra o América-MG, ficou a dúvida quanto à escalação para enfrentar o Guarani. Paulinho, Ygor, Rafael Assis e Vinícius, brigavam por 3 vagas. Foi quando Surian surpreendeu e escalou os quatro, com Paulinho e Vinícius alinhados dentro do 4-1-4-1 proposto. O Galo começou bem envolvente e buscando o gol adversário. O Tupi chutava a gol e articulava as jogadas, com movimentação dos 4 meias e Vinícius circulando por todo o campo.

Aos 22 minutos, o time da casa foi privilegiado pelo ímpeto e, após cobrança de falta lateral feita por Paulinho, Wesley deu uma casquinha de cabeça e marcou o primeiro: 1 x 0 para o Tupi. O problema é que após o tento o Carijó caiu de produção, tendo o Guarani três chances claras de empatar a partida. Numa delas, Jordan fez defesa milagrosa com a zaga do Tupi jogando em linha e mal posicionada. Preocupado com uma maior segurança defensiva, aos 37’ Surian tirou Paulinho, colocando Maguinho para jogar.

Na segunda etapa ocorreram mudanças táticas nas duas equipes. Tanto o Tupi, quanto o Guarani, vierem escalados no 4-2-3-1, ocorrendo um espelhamento tático. O time de Divinópolis buscava força ofensiva e Surian equilibrar a equipe, muito ofensiva na etapa inicial. O alvinegro juiz-forano novamente iniciou bem, trabalhando a bola e privilegiando sua posse. Abaixo o painel tático do segundo tempo:

 

Segunda etapa: as duas equipes postadas no 4-2-3-1, ocorrendo um espelhamento tático. Maguinho fez o segundo volante, auxiliando Genalvo na marcação e Vinícius foi centralizado. Ygor, que não fez uma boa partida, foi substituído por Cassiano, que mais uma vez entrou veloz e incisivo pela ponta direita. No Guarani entraram Elder, Joubert e C. Júnior para formar uma nova linha de três meias.

 

 

Como citado, o Tupi começou melhor na segunda etapa. Aos 21 minutos, Vinícius fez grande jogada e foi derrubado dentro da área. Rafael Assis cobrou a penalidade e guardou no fundo das redes do Guarani: novamente aos 22 minutos, o Galo marcava seu segundo gol, ampliando a vantagem diante do adversário. O problema foi o recuo excessivo após o segundo tento, o que proporcionou campo para o Guarani jogar e avançar suas linhas. Esses “apagões” do Tupi, apresentados em alguns momentos das partidas, causam preocupação e precisam ser trabalhados pela comissão técnica.

Pressionando, o Guarani conseguiu descontar aos 39 minutos após cobrança de escanteio e cabeçada certeira do zagueiro Thiago Papel. Como colocado por Ricardo Wagner, “o Tupi não brilhou, mas fez o necessário para ganhar do lanterna em casa”. Ao final da partida, Surian, em entrevista à Rádio Globo, destacou dois pontos de sua equipe: profissionalismo e equilíbrio tático. O treinador faz um belo trabalho e, com uma base tática defensiva, tem usado com inteligência as peças de meio e ataque.

Os destaques positivos foram Vinícius e Wesley, que jogaram muito, sendo que o centroavante do Tupi destacou-se muito pela movimentação e pela garra na marcação da saída de bola do adversário. Os destaques negativos foram Paulinho e Ygor, apagados durante o tempo em que estiveram em campo. Na verdade, foram ofuscados pela voluntariedade e movimentação de Vinícius, que vem se mostrando um ótimo jogador.

O próximo compromisso do Tupi é contra o Nacional em Nova Serrana. O Carijó tem 9 pontos (2 vitórias e 3 empates), ocupando a quinta posição na tabela. Não está no G4 pelo saldo de gols, tendo levado um gol a mais que o Villa Nova. Se não tivesse dormido após os dois gols marcados, poderia estar na zona de classificação do Mineiro. Entretanto, o time está com crédito. Surian tem surpreendido pela inteligência tática e o time pela dedicação em campo. Rumo ao G4! Abraço!

 

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira