Tupi 3 x 0 Boa Esporte: Palmas para o 4-2-3-1 de Moacir Júnior

10/03/2012 00:02

Na outra análise tática, do jogo entre Tupi e Uberaba, cobrei do treinador Carijó um melhor aproveitamento do elenco disponível. E os méritos de Moacir, na partida contra o Boa Esporte, não se resumem apenas à escalação, afinal a tática escolhida, um moderno e ofensivo 4-2-3-1, foi fundamental para a equipe encontrar espaços e conquistar a vitória. Já o Boa veio mais fechado, disposto num 4-3-1-2, esquema tático que chamou o Galo para sua intermediária e dificultou suas ações ofensivas. Esse foi o desenho tático do duelo:

 

                           

O dedo de Moacir começa aparecer no jogo do Tupi. A equipe teve padrão tático, dominou a partida com tranqüilidade, atacou pelos lados, alargou a marcação adversária e conseguiu três gols. Foi, disparada, a melhor atuação do time de Juiz de Fora no ano de seu centenário. Na defesa o técnico promoveu o retorno de Michel Benhami, não improvisando mais Henrique pelo flanco esquerdo. No meio, Jaílton ficou mais preso na proteção da zaga, como solicitado nesse site, ficando Salino como segundo volante (outra reivindicação que fiz no post anterior). Michel Cury jogou centralizado na criação, caindo pelos dois lados e puxando os contra ataques. Alan jogou pela esquerda e Henrique pela direita, quase que como um ponta. Na frente, o guerreiro Ademílson, autor de dois gols na partida.

O time se movimentou muito bem, principalmente no primeiro tempo e na parte inicial da segunda etapa. Henrique e Alan inverteram várias vezes suas posições, fator que dificultou mais ainda a marcação do Boa Esporte. No lance do pênalti, que resultou no primeiro gol, Henrique foi derrubado na área jogando pela ponta esquerda. O técnico dos vermelhos, Sidney Sampaio, na minha humilde opinião, não foi feliz em sua escolha tática.

Apesar de possuir três cabeças de área, e apenas um homem de criação, encontrou o Tupi muito espaço para jogar. Isso porque o Galo jogou com meio campistas abertos, o que levou a marcação dos volantes para as beiradas do campo, surgindo assim espaço para o Tupi produzir ofensivamente. Não funcionou o ferrolho que Sampaio armou à frente de sua defesa.

Outro fator que chamou a atenção foi a união e dedicação da equipe. Após marcar o primeiro gol, Ademílson atravessou o campo para comemorar junto do banco de reservas. Todos os jogadores comemoraram juntos, se abraçando e mostrando que todos estão unidos no propósito de honrar a camisa do Tupi. Outro mérito de Moacir, que, até agora, tem feito excelente trabalho no comando Carijó. Além de uma escalação que aproveitou os melhores, sendo que todos estavam na faixa de campo onde sabem jogar, Moacir foi ofensivo ao escolher o 4-2-3-1, dando verdadeiro nó tático no apático Sidney Sampaio.

Na minha opinião, o treinador Carijó encontrou a equipe ideal, devendo manter tanto a escalação quanto a tática usada hoje. E vocês, o que acham? Qual sua opinião? Conto com sua participação! Abraços!

 

 

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira

 

 

Tópico: Tupi 3 x 0 Boa Esporte: Palmas para o 4-2-3-1 de Moacir Júnior

Re:Galo

Victor Lamha de Oliveira | 12/03/2012

Oi Cloves, adorei seu comentário! Concordo com vc sobre o elenco do Galo. Acho que o plantel, apesar de limitado, possui excelentes peças que podem render muito mais, o que iria qualificar ainda mais o jogo do time. Sobre o 4231, este caiu como uma luva contra o pálido 4312 em que estava postado o Boa Esporte. Espero que Moaciar mantenha o esquema, independente do adversário, para que a equipe ganhe padrão tático. A união do grupo também me chamou a atenção, sobretudo nas comemorações dos gols e na tranquilidade em campo. Acho que nosso Galo chegará nas semifinais...e vc? Abração e volte sempre! A casa é sua, é nossa, é do carijó!

Vitória não encobre erros .

wederson | 12/03/2012

A disposição tática apresentadan não revela as vezes que faltou criatividade no meio campo, com Silvio errando lançamentos. Isto poeque o Michel Cury estavamuito enfiado. O lançe do 1 º gol o Michel veio de traz coma bola driblou e deu uma "assistencia" para o Henrique que sofreu penalte. Alaam foi marcado individualmente e nada pode fazer. Falta "alegria" velocidade, passes rapidos e "verticalidade" no meio de campo. Mas valeu pela parte defensiva,que ainda não está tão segura quanto a Equipe da serie "D", mas já melhorou! Valeu

Re:Vitória não encobre erros .

Victor Lamha de Oliveira | 12/03/2012

Oi Wederson, tudo bom? Bom, não achei Michel Cury tão centralizado, sendo mais uma necessidade do esquema, visto que Henrique estava bem aberto pelo flanco direito e Alan caindo pela direita. O que me parece, é que Michel, as vezes, se ausenta um pouco do jogo, fator que empobrece as ações ofensivas do Carijó, afinal ele é o cérebro da equipe. Talvez o atleta tenha se movimentado menos diante da exigência circunstancial da partida e do esquema proposto por Moacir. Concordo com você que falta verticalidade, assim como jogar de forma mais incisiva contra o gol adversário, para não ficarmos com esse gosto na boca de "deu para o gasto". O trabalho do Moacir está começando a aparecer e o time melhorou consideravelmente desde que o novo treinador assumiu! Força carijó!!! Adorei seu comentário, esteja sempre conosco! Acho que nosso galo chega nas semifinais....e vc? Abração

4231

Daniel | 12/03/2012

Pq vc acha que o esquema 4231 é moderno, visto que foi esse esquema usado pela seleção de 70????

Re:4231

Victor Lamha de Oliveira | 12/03/2012

Oi Daniel, tudo bom? Gostei muito do seu questionamento, afinal essa dúvida é comum no meio tático. Na verdade, a seleção de 1970 jogava num esquema híbrido: quando atacava, jogava num 4-3-3 ofensivo, com Rivellino e Jairzinho como pontas bem abertos, ficando o centro de ataque por conta de Pelé e Tostão. Quando estava sem a pelota, o time de Zagallo se organizava num 4-2-3-1, com Riva e Jairzinho ajudando a fechar o meio. Mas, cabe ressaltar, que esse 4-2-3-1 moderno, esquema tático mais usado atualmente, é diferente daquele que se praticava ná década de 70. O "atual" 4-2-3-1 nasceu de um movimento coletivo de ocupação dos espaços abertos na região central da intermediária ofensiva. Recuar um atacante para puxar um zagueiro, ou então para indefinir a marcação dos volantes, parece ter sido uma constatação evolutiva do futebol europeu. Ou seja, um natural processo da evolução tática no futebol. Futuramente publicarei artigo sobre a gênese do 4231. Espero ter conseguido tirar sua dúvida, afinal seu questionamento foi ótimo! Volte sempre!

3 x 0 animador

arthur | 11/03/2012

moacir tem q tirar o alan. ele ta mto mal. achei q o tupi tinha jogado de 4-4-2, mas lendo seu blog acho q tem razao. tupi campeao!

Re:3 x 0 animador

Victor Lamha de Oliveira | 12/03/2012

Arthur, realmente o Alan não fez grande partida, mas acho que devemos ter mais calma com ele. Além de ter grande identificação com o clube, é um jogador experiente, profissional e que se movimenta bem. Lembrando que o elenco carijó é limitado. Quem você colocaria no lugar dele? Obrigado pela participação!

galooooooooooooooo

rafael botelho | 11/03/2012

tb gostei do esquema tatico e da atitude do time
galoooooooooooooooooooo

Re:galooooooooooooooo

Victor Lamha de Oliveira | 11/03/2012

tb gostei rafael! como salientei, o time ta unido, ta focado. Meritos do comando eficiente do treinador! obrigado pela participação!!!

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