BRASIL 3 x 1 DINAMARCA: OSCAR FOI O MOTOR DO 4-2-3-1 DE MANO

27/05/2012 03:52

 

Finalmente, a Seleção Brasileira voltou a vencer um bom adversário, jogando um futebol seguro, que marcava a saída da Dinamarca e tocava bem a bola. Os destaques do time brasileiro foram Thiago Silva, Oscar, Hulk e a marcação no campo do adversário. Também podemos destacar o dinamismo do 4-2-3-1 canarinho, que enfim se mostrou eficiente no que tange ao volume de jogo ofensivo. Mano Menezes escalou a Seleção dessa forma, no aludido 4-2-3-1, esquema também utilizado pela Seleção da Dinamarca:

 

 

Como dito, a Seleção, na minha opinião, teve quatro destaques. Thiago Silva foi um verdadeiro líder em campo, tendo atuação segura e impecável. Por total merecimento, certamente representará o Brasil nas Olimpíadas de Londres. O atacante Hulk, do Porto, foi outro destaque brasileiro. Além de marcar dois gols, e participar incisivamente do outro gol canarinho, mostrou personalidade e vontade de jogar com a camisa mais vitoriosa do planeta bola.

Tenho que admitir sua boa atuação, mas continuo não achando o jogador um atleta do nível de Seleção Brasileira. Também não acho que o jogador deva ser um dos três atletas acima de 23 anos que irão para as Olimpíadas. O fato de escalar Hulk, que joga bem pela direita, tira a vaga de Lucas com a volta de Neymar pela esquerda do 4-2-3-1. Prefiro o meia do São Paulo pela direita do que o atacante do time português.

A marcação na saída de bola do adversário, que envolveu toda a equipe, mostrou uma sintonia e um apego à coletividade que não se via há muito tempo. O “Maestro” Júnior, na transmissão da Globo, por várias vezes destacou essa marcação brasileira na saída de bola do time rival. Com razão, afinal dois gols brasileiros iniciaram-se em roubadas de bola na saída de jogo do oponente. Cabe ressaltar que a equipe de Mano Menezes demonstrou objetivos defensivos e ofensivos, o que lhe permitiu a posse da bola e a feitura de três gols.

Entretanto, creio que o destaque principal foi a simplicidade e a produtividade de Oscar, que não sentiu qualquer peso ao vestir a mítica 10 amarelinha. Acho que a camisa de que já foi de Pelé, Rivellino, Zico e Rivaldo, entre outros, vestiu super bem no menino, que jogou tranqüilo e deu vida ao pálido time de Mano. O meia foi um comandante das ações ofensivas, tanto que participou de dois dos três gols da equipe e foi muito elogiado pelo técnico Mano Menezes após o duelo. 

No terceiro gol brasileiro, foi Oscar que roubou a bola de um dinamarquês no campo de ataque. O próprio atleta destacou, em entrevista cedida à Rede Globo, a importância da marcação sob pressão: "A gente pressionou e saíram três gols. Nosso futebol é assim, solto. A gente jogou muito bem". Com certeza Oscar, o futebol ficou mais solto pela sua simplicidade e inteligência.

Renato Maurício Prado, assim classificou a atuação do garoto:

 

“(...) Jogando com a camisa 10, o meia do Internacional participou dos lances de dois gols e se portou como o armador que tanta falta tem feito ao futebol brasileiro (...)”.

 

André Rocha também compartilha da idéia de que Oscar realizou com êxito a função de armador central do 4-2-3-1, assumindo a criação do time com objetividade e efetividade:

 

“(...) Oscar vestiu bem a camisa dez e deu à articulação central no 4-2-3-1 brasileiro a dinâmica que Ganso, por estilo, e Ronaldinho, por preguiça, não conseguiram. Combateu no campo adversário, recuou no momento certo para trabalhar a saída de bola com os volantes e passou com correção. Só precisa ganhar um pouco de massa muscular para agüentar a intensidade de jogos mais marcados. Ainda assim, foi a melhor notícia do amistoso, com sobras, pela dificuldade de encontrar o meia para a função (...)”.

 

A verdade é que Oscar aproveitou, muito bem, a ausência resultante de mais uma lesão sofrida por Paulo Henrique Ganso, realizando com perfeição os deveres de uma posição carente na equipe e no nosso futebol, como bem ressaltou Renato Maurício. Humildemente, o jogador admitiu a dificuldade de atuar com a camisa 10 do Brasil: "É difícil jogar com ela (camisa 10). É uma responsabilidade muito grande". Acho que a dificuldade não foi obstáculo para o talento do jovem jogador.

Como ilustrado no campo acima, Oscar articulou pela meia central, delineando a saída de bola, fazendo a famosa “transição da defesa para o ataque” com simplicidade e resultado, atitude que se espera do jogador que assume a função de criação do time.  Acho que por essa tranqüilidade e pelo futebol demonstrado, ainda que tenha sido somente por um jogo, é que Oscar teve atuação tão destacada. Assim, queria saber de vocês: Oscar é o camisa 10 de que necessita a Seleção Brasileira? Ou a camisa 10 é de Paulo Henrique Ganso? Aguardo seu comentário! Abraço!

 

 

Victor Lamha de Oliveira