TUPI 0 x 0 ATLÉTICO: MOACIR OPTA PELO 4-2-3-1 E CARIJÓ É CAMPEÃO DO INTERIOR

15/04/2012 23:10

Confesso que o comandante Carijó me surpreendeu com sua opção tática. Sem Michel Cury, machucado, e sendo o jogo contra o Atlético, todos esperavam um Tupi mais cauteloso, provavelmente no 4-5-1 que venceu o América e perdeu para o Democrata. Eu, particularmente, achei que Moacir poderia estar na dúvida entre o 4-5-1 e o 4-4-2 losango, opções mais cuidadosas no que tange aos aspectos defensivos.

Mas Moacir surpreendeu, e, de forma audaz e inteligente, postou o Carijó num abusado 4-2-3-1, esquema que proporcionou ao Tupi equilibrar as ações ofensivas de jogo com o Atlético, não se encolhendo no campo de defesa. Cuca também optou pelo 4-2-3-1, espelhando o jogo tático, fato que travou bastante a partida. Eis o desenho tático do duelo:

 

 

No Carijó, Fabrício Soares ficou mais preso na marcação, tirando assim o espaço de Danilinho. Para suprir essa lacuna, Allan, verdadeiro guerreiro em campo, voltava um pouco mais para buscar o jogo. A dupla de zaga, formada por Silvio e Ladeira, mais uma vez foi impecável. Jailton, George e Salino montaram boa trinca de marcação do meio, sendo que o último foi escalado com a função de auxiliar na criação de jogadas, ladeado por Allan e Henrique. O baiano, mais uma vez, fez grande partida, assim como o incansável Ademilson. No lado atleticano, praticamente a mesma coisa, afinal o desafogo ofensivo do time de Cuca era pela direita, com Carlos César e Danilinho. Sabendo também da qualidade de Henrique, prendeu Richarlyson mais atrás, formando quase uma linha de três na zaga.

O único problema foi a ênfase exagerada no jogo pelo lado direito. Se jogar somente por ali, com Henrique, vai ficar óbvio e previsível. Porém, creio que a volta de Michel Cury e de Michel Benhami equilibrem de novo a equipe. De resto, ficam os parabéns para a torcida Carijó, que deu verdadeiro show, para o grande Moacir, que transformou um bando em equipe e para todos os jogadores, verdadeiros guerreiros! Galoooooooooo! Eu acredito!

 

 

 

Victor Lamha de Oliveira